Um treinador de futebol de escola está conduzindo os jurados que decidirão se a promotora de eventos é responsável pela morte de Michael Jackson.
O júri neste cinco meses de duração do julgamento trabalharam cerca de sete horas, desde as deliberações que começaram na quinta-feira, 27/09/13.
A mãe de Jackson e as crianças afirmam que a AEG Live é responsável pela morte do ícone pop.
Michael Jackson morreu de uma overdose do anestésico cirúrgico propofol, que o Dr. Conrad Murray disse aos investigadores que estava usando para tratar a insônia do cantor para que ele pudesse descansar durante os ensaios. Murray será libertado da prisão no final deste mês depois de cumprir dois anos por homicídio involuntário.
A morte aconteceu poucos dias antes da turnê de retorno de Michael Jackson – promovida e produzida pela AEG Live – foi definida para estrear em Londres no verão de 2009.
Pergunta No. 1
Os 12 jurados devem responder a questão: Será que a AEG Live contratou Murray? Os advogados da empresa afirmam que Michael Jackson escolheu Murray, que havia tratado dele há três anos atrás como médico da família, mas os advogados de Michael Jackson argumentam que os promotores optaram por negociar seu próprio contrato com o médico para que pudessem controlá-lo.
A chamada “Smoking Gun, e-mail enviado pelo Co-CEO da AEG Paul Gongaware 11 dias antes de Michael Jackson morrer dizendo: “Queremos lembrar (Murray) que é a AEG, não MJ, quem está pagando o seu salário. Nós queremos lhe lembrar o que se espera dele. “
A família Jacksons também apontaram para uma entrevista de televisão logo após Michael Jackson morrer em que o CEO da AEG Live Randy Phillips, disse que a AEG Live “contratou” Murray.
Se os jurados disserem sim à pergunta de contratação, então as deliberações voltarão para as questões de negligência. Os executivos da AEG Live foram negligentes no trato com Murray e que sua negligência contribuir significativamente para a morte de Michael Jackson?
Os advogados da AEG argumentam que eles não tinham como saber que Murray – licenciado para clinicar em quatro estados e nunca foi processado por negligência – era um risco para Michael Jackson. O cantor era viciado em medicamentos e manteve em segredo até mesmo de seus parentes mais próximos, inclusive o uso de propofol para dormir, eles afirmam.
Os advogados da família Jackson afirmam que o acordo da empresa com Murray criou um conflito de interesse com o médico que o levou a quebrar seu juramento de Hipócrates para não causar danos.
Murray, que tinha US$ 1 milhão em dívidas, foi pressionado a entregar os tratamentos arriscados a qualquer custo, eventualmente, com receio de perder US$ 150,000 por mês de salário mensal.
Os executivos ignoraram uma série de sinais de alerta de que Michael Jackson estava em risco em suas últimas semanas, incluindo a saúde se deteriorando, que incluiu a perda de peso, incapacidade de executar suas próprias danças ou lembrar das letras de suas canções e estava paranoico.
Um especialista em sono testemunhou que as infusões de propofol todas as noites roubava de Michael Jackson o sono REM vital, o que causou a deterioração.
Culpa e danos
Se os jurados chegarem a uma decisão que AEG Live é responsável, então eles vão considerar outras perguntas para determinar o quanto de dano a promotora deve pagar para Katherine, Prince, Paris e Blanket Jackson.
O advogado da família Jackson, Brian Panish sugeriu um intervalo entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões para substituir os lucros cessantes pela morte de Michael Jackson, aos 50 anos e os não-econômicos – os danos da perda de um pai e filho – ou pessoal.
A indenização por danos, no entanto, seriam reduzidos pela percentagem. O advogado da família Michael Jackson sugeriu em alegações finais na quinta-feira que atribuiu 20% da responsabilidade para Michael Jackson.
Jurados envolvidos
Os jurados pareciam atraídos e entretidos durante as 21 semanas de julgamento, que incluiu o testemunho dramático feito pela mãe de Jackson, filho e a sua ex-mulher. Vários jurados ainda aplaudiram no final do depoimento de Kenny Ortega.
Na sexta-feira, 27/09/13, a juíza indicou que jurado nº 6 foi escolhido como presidente jurado – ou capataz. Ele é um professor de educação física do ensino médio que vai para o campo de futebol treinar uma equipe.
Eles também pediram 12 cópias do contrato escrito entre a AEG Live e Murray, uma cópia do filme “This Is It” – que documenta os últimos ensaios de Michael Jackson – e um DVD player.
Um advogado da família Jackson sugeriu fora do tribunal que seria um bom sinal para o seu lado se as deliberações durarem mais do que alguns dias – uma vez que indica que os jurados passaram após as primeiras perguntas-chave.
A CNN estará no tribunal quando o veredicto for lido.
A juíza Yvette Palazuelos aprovou um pedido na semana passada da rede para televisionar as alegações finais e a sentença. Ela recusou um pedido em abril para permitir que as câmeras transmitisse a abertura e os testemunhos.
Fonte: CNN
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Assunto: Os jurados retomam o trabalho no julgamento da morte de Michael Jackson 
Ter Out 01, 2013 6:18 pm