Dr. Conrad Murray afirmou que estava desistindo de ganhar US$ 1 milhão por mês com suas clínicas para trabalhar como médico de Michael Jackson, de acordo com a declaração de um advogado nesta terça-feira, 06/08/13.
Kathy Jorrie, quem negociou e redigiu o contrato entre a AEG Live e Conrad Murray, foi chamado como testemunha no julgamento de homicídio culposo contra a promotora de eventos.
Murray, que concordou em trabalhar como médico em tempo integral de Michael Jackson durante sua turnê de retorno por US$ 150.000 por mês, está cumprindo uma pena de prisão por homicídio involuntário na morte de Michael Jackson.
Murray disse para Jorrie durante as negociações que ele estava fechando quatro clínicas médicas que lhe rendiam o valor de US$ 1 milhão por mês para assumir o cargo, testemunhou Jorrie.
Já no depoimento criminal de Murray, o médico revelou que ele fechou apenas duas clínicas, uma em Las Vegas, Nevada, e outra em Houston, Texas.
Um detetive de Polícia de Los Angeles declarou no início deste julgamento civil que Murray tinha mais de US $ 1 milhão em dívidas e que sua clínica médica de Las Vegas foi desocupada e fechada meses antes dele ser contratado para trabalhar com Michael Jackson.
Os advogados da família Jackson argumentam que os executivos da AEG o foram negligentes porque eles não conseguiram verificar as condições financeiras de Murray, o que teria revelado as suas dívidas e as deturpações sobre suas práticas bem sucedidas.
Os executivos da AEG testemunharam que eles contavam com garantias de Michael Jackson que Murray era seu “médico pessoal de longa data”, concluindo que ele era competente para o cargo na turnê.
Um profissional da indústria da música contratado como perito pelos advogados da família Jackson declarou anteriormente que as negociações da AEG Live com Murray eram “altamente inapropriada.”
O acordo para pagar US$ 150.000 por mês para Murray criou um conflito “notório” de interesse em que o médico estava em dívida com a empresa e ele próprio tinha interesse em Michael Jackson. David Berman, que já dirigiu Capitol Records e trabalhou durante décadas como advogado de entretenimento, testemunhou.
relação contratual entre a AEG Live e Murray não era “ao contrário de um médico de uma equipe de futebol, onde o atleta é ferido e o médico chega à conclusão médica que o zagueiro deve ser retirado do jogo por um período de semanas, mas a equipe não quer que ele fique fora”, disse Berman. “Há um conflito inerente.”
Berman, que foi chamado para testemunhar como perito em contratos da indústria musical, também observou que o contrato dizia que a AEG Live poderia terminar com Murray se os shows fossem adiados ou cancelados.
“O fato de que se a turnê fosse mesmo adiada, a AEG Live tinha a capacidade de cessar qualquer compensação para o Dr. Murray. Dr. Murray tinha o maior conflito de interesse, uma vez que ele estava em apuros financeiros. Ele fez o necessário para que este show não fosse adiado, o que poderia ser, hipoteticamente, no melhor interesse de Michael Jackson, ele corria o risco de perder qualquer outra compensação”, ele testemunhou.
Berman testemunhou que os executivos da AEG deveriam ter reconhecido que poderia haver um problema com Murray, quando ele inicialmente pediu US$ 5 milhões para ser médico de Michael Jackson por um ano. “Essa é uma quantidade muito bizarra”, disse ele.
O eventual acordo para pagar o médico por US $ 150.000 por mês ainda era “uma quantia exorbitante, mais do que qualquer outra pessoa na turnê recebeu”, disse ele. “Ainda mais levantado uma bandeira vermelha de que a AEG estava ciente que existia outro médico que estava disposto a assumir o cargo por US $ 40.000 por mês.”
Fonte: CNN
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Assunto: Advogado que redigiu contrato entre AEG e ex-médico de Michael Jackson faz seu depoimento 
Ter Ago 06, 2013 9:32 pm